O Saara é o maior deserto quente do mundo, de modo que até existe vida por lá, mas há muito pouca vegetação e praticamente nada de água. Mas você já imaginou que, ao invés disso, essa região da África poderia ser uma grande planície coberta por grama e arbustos, habitada por animais como elefantes e hipopótamos?
Parece impossível, mas isso já aconteceu há alguns milhares de anos. Tudo por causa da inclinação da Terra, que era de 24,1° em vez dos 23,5° atuais. Essa pequena variação fez com que o hemisfério norte — onde o Saara está localizado — ficasse mais quente nos meses de verão. Esse calor criava um sistema de baixa pressão que trazia uma corrente de ar úmido do Atlântico para a região onde hoje fica o deserto.
Com mais água, era possível que a região fosse verde, com gramas, arbustos e criações de animais por humanos na região — mais ou menos como as estepes da Ásia central ou os pampas gaúchos. Mas, depois que a inclinação da Terra mudou, levou menos de dois séculos para que ele se tornasse o deserto seco que é hoje.
Os cientistas explicam que a inclinação de planetas pode mudar periodicamente, por conta de suas relações com outros corpos celestes com maior gravidade e ou com seus satélites. No nosso caso, na Terra, esse tipo de oscilação ocorre a cada 23 mil anos, de modo que o planeta vai voltar à inclinação que gerou o “Saara Verde”. Ou seja, é bem provável que esse fenômeno aconteça novamente.
A grande dúvida que os cientistas têm, nesse sentido, é se as emissões de gases do efeito estufa e as mudanças climáticas causadas por eles podem evitar o retorno do “Saara Verde”. Em contrapartida, os cientistas calcularam que o fenômeno tem ocorrido periodicamente há 23 milhões de anos, pelo menos, sem deixar de acontecer mesmo em outras épocas com altos índices de dióxido de carbono na atmosfera.
Isso quer dizer que, mesmo que os seres humanos continuem emitindo gases poluentes, a Terra vai dar seu jeito de deixar o Saara cheio de plantas e vida novamente. A questão é que isso vai demorar um pouco para acontecer: a próxima oscilação está prevista para daqui a 10 ou 15 mil anos, aproximadamente.
Cadastre seu email e receba nossos informativos e promoções de nossos parceiros.
Menino de apenas 2 anos morre após cair em açude, no Agreste de Pernambuco
Mulher é executada a tiros na cidade de Pesqueira, no Agreste
Paciente furta arma de vigilante, mata profissional e é morto em troca de tiros no HR
Foragido da Justiça deixa companheira e filhos em carro roubado para fugir a pé de abord...
Elemento é preso por posse de drogas, em Pesqueira, no Agreste
Idoso de 76 anos é morto ao ser atingido por bala perdida após sair de culto em Jaboatã...
Colisão entre viatura da PM e motocicleta deixa trânsito lento na avenida Agamenon Magal...